Planejamento do material didático
Unidade 1 - Programação ou planejamento de uma disciplina no Moodle Planejamento do material didático Links ao conteúdo:
Pesquisa, Desenvolvimento e Capacitação: Em tempos de desenvolvimento de simulações, jogos eletrônicos e ambientes virtuais, a organização didático-pedagógica não pode estar mais centrada essencialmente no material impresso. Materiais hipermidiáticos, sistemas de simulação, animações e vídeos, por exemplo, podem constituir-se em mecanismos de suporte tecnológico no planejamento e na implementação de atividades curriculares. Mas, para isso, é fundamental que o professor tenha formação e condições estruturais para criar, armazenar e acessar informações e documentos digitais. Isso contribui para a melhoria significativa da organização didático-metodológica da mediação pedagógica, inclusive, da comunidade escolar. Por isso, métodos e práticas de ensino e aprendizagem inovadores, pautados pelos princípios da hipermídia educacional, precisam ser articulados com processos de capacitação dos recursos humanos na universidade. A elaboração de materiais didáticos implica em concepções epistemológicas e pedagógicas presentes no projeto pedagógico de um curso. A performance docente está necessariamente fundamentada nessas concepções. O projeto pedagógico de um curso deve delineá-las. A transposição didática na seleção e (re)elaboração de materiais que potencializem a mediação pedagógica na modalidade a distância é tarefa imperativa do professor em EAD. A integração das tecnologias educacionais em EAD no âmbito da UAB implica seleção e (re)elaboração de materiais didáticos (conteúdos educacionais hipermídia) programados como Recursos e Atividades em ambientes virtuais de ensino e aprendizagem livres. Materiais didáticos hipermídia potencializam métodos e práticas de ensino e aprendizagem inovadores, fortalecendo interação, interatividade e colaboração educacional. Materiais didáticos programados – como Recursos e Atividades sustentados nos princípios da hipermídia – adquirem caráter mediador central no processo de integração das tecnologias educacionais na modalidade a distância. Os materiais didáticos hipermídia são mediadores que mobilizam ações de ensino, aprendizagem e investigação, explicitando as condições para construção dos conhecimentos educacionais delimitados pelo alcance da interação, interatividade e colaboração nos ambientes virtuais (Mallmann, 2008). A organização didático-metodológica dos recursos educacionais, proposição de atividades a distância, elaboração e atualização de materiais didáticos e, especialmente, o aproveitamento das potencialidades hipermidiáticas das tecnologias educacionais podem atingir uma visão mais integrada e interdisciplinar em educação, em conformidade com a orientação pedagógica inerente à formação para a atividade docente proposta pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para Formação de Professores da Educação Básica (DCN). O desafio lançado ao professor é integrar as possibilidades tecnológicas para potencializar interação e interatividade no processo de ensino e aprendizagem a distância. Ao aceitar esse desafio, as etapas seguintes são: planejamento, produção e implementação de seus recursos didáticos. Para isso, é muito importante a fluência do professor nas potencialidades tecnológicas do ambiente virtual de ensino e aprendizagem (AVEA) a ser utilizado. Além disso, a produção de novos materiais, seleção e (re)elaboração com vistas à integração das tecnologias educacionais requer a mobilização de saberes relativos às dimensões didáticas, científicas, políticas e éticas da docência e gestão universitárias, gerando impactos nos modos de pensar e agir dos professores. A educação a distância não é, como se tem tendência a pensar, algo novo ou uma área sem muitas fundamentações. A pesquisa realizada nessa área do conhecimento já é bem sólida. A elaboração de materiais didáticos para a modalidade a distância exige competência em relação a conhecimentos pedagógicos gerais e específicos, resultados de pesquisa sobre o processo de ensino e aprendizagem, singularidades sobre a modalidade de ensino a distância, conteúdos da área e aos procedimentos apoiados em recursos tecnológicos. Daqui em diante, passamos a apresentar orientações para as atividades de pesquisa e desenvolvimento de recursos educacionais realizadas pelos professores-pesquisadores conteudistas. Pesquisa, Desenvolvimento e Capacitação: 1.1. Orientações pedagógicas para o planejamento e a produção do material didático Os materiais preparados para um curso na modalidade a distância diferem daqueles direcionados para disciplinas trabalhadas na modalidade presencial. O material que você está preparando para suas disciplinas será diagramado como hipertexto e se transformará em uma página da Internet. Esse caráter hipertextual permite conexões dentro do texto e dele com elementos externos, o que gera interatividade e mantém o estudante concentrado e motivado. O texto escrito é apenas uma das muitas possibilidades diante das tecnologias educacionais na tarefa de colaborar com a aprendizagem dos estudantes. Recursos como hiperlinks, animações, simulações, áudio e vídeos – além, é claro, das possibilidades de interação e interatividade no ambiente virtual de ensino e aprendizagem – são essenciais na mediação pedagógica a distância. O material da disciplina resulta da integração do texto com recursos multimídia e com atividades propostas no Moodle: tarefas, fóruns de discussão, wikis, pesquisas de avaliação, lições, entre outros. Um bom aprendizado é fruto da integração dos Recursos Educacionais e das Atividades de Estudo. Lembre-se de que o Moodle oferece uma gama considerável de possibilidades de atividades. A coerência entre os recursos didáticos e o programa de conteúdos da disciplina é essencial. O professor deve estar atento aos objetivos propostos, às metas e referências bibliográficas básicas e complementares de sua disciplina. A integridade entre o que propõe o Projeto Pedagógico do Curso (PPC) e o que se realiza no material didático que o professor-pesquisador conteudista prepara deve ser preservada. A literatura destaca alguns princípios básicos de planejamento, elaboração e implementação do material didático, que, a partir daqui, passamos a discutir. 1.1.1. O planejamento da disciplina Como em qualquer intervenção pedagógica, o planejamento é essencial. Em qualquer disciplina, o professor traça a organização do conteúdo e das atividades em unidades e subunidades, sua sequência e suas conexões, estima o tempo investido em cada atividade, estipula as formas e os instrumentos de avaliação, etc. O planejamento de uma disciplina na modalidade a distância precisa – além de ser coerente com o projeto pedagógico do curso – levar em conta a carga horária da disciplina, as especificidades do conteúdo e os recursos didático-pedagógicos disponibilizados para a oferta de tal disciplina. Os padrões de organização do conteúdo da disciplina em unidades e subunidades, bem como a relação nº de aulas / nº de semanas que compõe a carga horária de uma disciplina são definidos caso a caso. A organização da disciplina deve passar por um processo de planejamento que culmina com o seu Plano de Estudo. Ao implementá-la no ambiente Moodle, é importante que o professor ofereça também uma breve apresentação da disciplina. Sugere-se que essa apresentação contenha basicamente os seguintes itens:
Essa apresentação é uma oportunidade para o professor estabelecer um primeiro contato com seus estudantes, a fim de motivá-los, de explicar-lhes a organização didático-metodológica das aulas e a relevância da disciplina para suas vidas. A seguir, sugere-se como exemplo a apresentação da disciplina de POLÍTICAS E GESTÃO DAS MODALIDADES EDUCATIVAS (5º semestre do Curso de Pedagogia na Modalidade a Distância da UFSM), ministrada em 2010. O exemplo foi adaptado do material didático elaborado pela Profa. Dra. Elena Maria Mallmann (CE/ADE/PPGE).
O conteúdo programático da disciplina pode ser dividido em módulos, unidades, tópicos ou capítulos, cada um deles com seus objetivos gerais e específicos. Cada módulo estrutura-se a partir do conteúdo programático da disciplina, dos objetivos gerais e específicos, da carga horária, dos recursos e atividades no AVEA, das atividades de avaliação e das referências bibliográficas, também específicas para cada módulo da disciplina. Assim, sugere-se que o Plano de Ensino contemple, por exemplo, o conteúdo programático, os objetivos da disciplina, a metodologia de ensino, incluindo os procedimentos, recursos e atividades no Moodle, bem como os critérios de avaliação. Apresentamos, na sequência, o Plano de Ensino da disciplina de POLÍTICAS E GESTÃO DAS MODALIDADES EDUCATIVAS, desenvolvido pela Profa. Dra. Elena Maria Mallmann. Pesquisa, Desenvolvimento e Capacitação: Plano de ensino
Essa disciplina tem como base o princípio do conhecimento como um processo em construção desenvolvido numa metodologia dialógico-problematizadora e produtivo colaborativa sustentada em quatro ações fundamentais: leitura, escrita, autoria e coautoria. As situações de ensino e aprendizagem contemplam atividades de leitura e interpretações do material didático (RECURSOS) e produção escolar colaborativa (ATIVIDADES) no AVEA. As orientações e roteiros de cada atividade estarão disponíveis no AVEA contemplando o movimento contínuo da aprendizagem no período didático correspondente ao calendário letivo da disciplina nesse semestre. Procedimentos:
Cronograma de atividades: A tabela a seguir, apresenta o cronograma de atividades da disciplina em questão, que especifica as unidades a serem desenvolvidas, os procedimentos, as atividades no Moodle, atividades avaliativas, bem como o período de realização dessas atividades.
Tabela 1.1 – Cronograma de atividades da Disciplina de Políticas e Gestão das Modalidades Educativas
Além da prova presencial obrigatória, a avaliação da aprendizagem prevista levará emconsideração as atividades síncronas e assíncronas no AVEA e a produção colaborativa registrada pelo histórico de acessos e edição no AVEA. Estará de acordo com a regulamentação da UFSM. Critérios:
– NP1 = (NDAA + NDAB + NDAC + NDAD + NDAE + NDAF)/6
Bibliografia básica: BELLONI, Maria Luiza. Educação à Distância. 3. ed., Campinas, SP: Autores Associados, 2003. (Coleção Educação Contemporânea). BRANDÃO, Carlos Fonseca. PNE: passo a passo (Lei no 10.178/2001) – Discussão dos Objetivos e Metas do Plano Nacional d e Educação. São Paulo: AVERCAMP, 2006. GRUPIONI, L.D.B; SILVA, A.L. (Orgs.). A temática indígena na escola. 2. ed. São Paulo: Global Editora, 1998. MITTLER, Peter. Educação Inclusiva: contextos Sociais. Porto Alegre: ArtMed, 2003. SOARES, L. (Org.) Aprendendo com a diferença: estudos e pesquisas em Educação de Jovens e Adultos. Belo Horizonte: Autêntica, 2003. Bibliografia complementar: BAUMAN, Zygmunt. Globalização. As consequências humanas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1999. BRANDÃO, Carlos Fonseca. LDB: passo a passo. 2. ed. São Paulo: AVERCAMP, 2005. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível em www.planalto.gov.br/legislacao/leis. _____.Parecer CNE/CEB 11/2000. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos. Disponível em www.mec.gov.br/secad. SAWAIA, Bader (org.) As Artimanhas das Exclusão: análise psicossocial e ética da desigualdade social. 6. ed., Petrópolis, RJ: Vozes, 2006 (Coleção Psicologia Social). Pesquisa, Desenvolvimento e Capacitação: A dimensão do volume do material didático, mais especificamente do texto, está relacionada à carga horária da disciplina. Com base na experiência acumulada por esta Equipe Multidisciplinar e na literatura da área, sugerimos que o professor considere como parâmetro a relação duas (2) páginas/hora dedicada pelo estudante à leitura do material.
Tabela 1.2 – Número de páginas dos originais, conforme carga horária da disciplina. Cabe ressaltar que essa quantidade de páginas oscila frente às possibilidades de editoração do texto original, como a inserção de boxes, imagens, quebra de páginas, etc. O professor precisa ser seletivo nas exigências de leitura que faz aos estudantes e oferecer possibilidades hipertextuais e hipermidiáticas por meio de links e indicações de bibliografia. O tempo dedicado pelo estudante à leitura do material deve ser condizente com a atenção que ele conseguirá dar ao material. Lembre-se de que um estudante cursa várias disciplinas simultaneamente. Os estudantes comprometidos com a construção de sua autonomia buscarão as leituras complementares disponibilizadas hipertextualmente. 1.1.2 Produzindo o material didático Um bom recurso educacional privilegia – quase que obsessivamente! – a autonomia dos estudantes, bem como a interação e o trabalho colaborativo na realização das atividades a distância. Esse esforço conjunto para se alcançar um objetivo comum exige participação e integração entre os estudantes, e deles com a equipe de tutores e com o professor. O professor-pesquisador conteudista precisa, portanto, elaborar seu material didático visando estimular o estudante a ser um ativo coautor no processo ensino e aprendizagem. Além disso, ao formular o material, é preciso ter em vista uma ação pedagógica diretiva do professor formador. Mas como privilegiar a autonomia, a interação e a colaboração ao elaborar o material didático em EAD? Ao elaborar as atividades relativas ao conteúdo, é importante que o professor considere, primeiramente, a realidade em que o estudante se encontra e a rotina de estudos que ele segue. A identificação do estudante com o assunto, com o professor e com o próprio processo de aprendizagem é fundamental. O professor precisa, portanto, considerar algumas temáticas levantadas pelos estudantes acerca dos conteúdos de sua aula. É fundamental que as atividades sejam concebidas em torno dessas temáticas de forma a provocar uma discussão que possibilite ao estudante identificar-se com o assunto e, a partir daí, (re) elaborar conceitos. No movimento de trazer assuntos pertinentes às realidades dos estudantes e, assim, dar a eles um porquê para aquele aprendizado, o professor deve colocar em pauta experiências concretas, pelas quais o estudante consiga fazer uma conexão entre o abstrato e a realidade em que vive. Sempre que possível, é pertinente desenvolver um estudo de caso no qual o estudante possa concretizar suas ideias, assumindo papéis e analisando o tema em questão por outros ângulos. As experiências vivenciadas por você, professor, durante sua formação acadêmica, também devem ser relatadas e recriadas. Mas lembre-se de deixar o estudante criar as próprias rotas de entendimento. Vimos que a autonomia é fundamental e que deve ser estimulada e construída. É essencial estimular o estudante a investigar acerca de determinado assunto sobre o qual ele tenha dúvidas, para que exercite a autossuficiência na interpretação e na formulação de conceitos. Depois disso, o professor poderá interferir nas informações sobre o conteúdo. No lugar de respostas prontas, indique o caminho a seguir, por meio de atividades. O professor precisa manter-se sempre conectado ao estudante, dialogando com ele. Expressões como: “Que resultados você esperaria que acontecessem?” ou “Quais foram as principais ideias desta aula?” tornam o material mais leve e dialógico. Busque comentar as respostas dos estudantes às atividades propostas para que eles possam compará-las com suas próprias respostas. Para privilegiar a participação e a integração entre os estudantes, e deles com os tutores e com o professor na modalidade a distância, é essencial lançar mão do grande potencial oferecido pelo AVEA Moodle em termos de recursos e atividades. E como organizar uma disciplina na modalidade a distância? De pouco adianta um belo texto ou uma atividade motivadora no lugar errado. Cada unidade deve ser cuidadosamente pensada, pois sua organização reflete o melhor caminho a ser percorrido pelo estudante. São aspectos essenciais em cada unidade de uma disciplina:
Pesquisa, Desenvolvimento e Capacitação: 1.2. A linguagem do material didático na modalidade a distância Para a construção do texto do material didático, você deve considerar algumas questões específicas da redação de textos para EAD. A maioria dessas especificidades surgem da distância entre a sua produção e sua recepção: professor e estudantes estão longe um do outro, em tempo e espaço! Lembre-se de que essas especificidades estão contempladas na definição da EAD no Decreto 5.622 de 2005: (…) caracteriza-se a educação a distância como modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos.” Um texto didático possui diferenças essenciais em relação ao um texto científico. O texto escrito para ensinar – e não comunicar resultados, discussões, como são os artigos científicos – deve priorizar, ao limite, algumas características: clareza, rapidez, precisão e dinamicidade. O texto claro, rápido, preciso e dinâmico é aquele em que o estudante visualiza os caminhos pelos quais pode expandir seu conhecimento e sua imaginação: pedra fundamental da compreensão. Um bom texto começa com uma boa seleção. Identificar o que é fundamental em um determinado assunto é uma dificuldade própria da tarefa do professor: para nós, tudo é essencial ao estudante! Tendemos – muitas vezes pela paixão ao tema – a achar que não há nada de supérfluo em um texto, que todas as informações e discussões ali presentes são importantes. O que nem sempre é verdade... Uma boa aula também é um bom recorte! Selecionar os conceitos prioritários é princípio essencial da transposição didática realizada pelo professor-pesquisador conteudista. O hipertexto deve ser um recorte – bem feito – do assunto! Retire do texto tudo o que não é essencial! De forma geral, o estudante deve “ouvir” a voz do professor enquanto estiver lendo o texto: o texto, muitas vezes, substituirá uma frase que o professor diria durante uma aula presencial. A leitura deve fluir como se fosse uma conversa natural. Mais do que isso: já que seu interlocutor – o estudante – não está à sua frente, o texto que você apresentará a ele deve ser eficiente o bastante para deixar apenas aquelas dúvidas que o professor quer que os estudantes tenham para avançarem. Frases curtas em parágrafos curtos evitam que o estudante se perca no texto, em seus conceitos. São melhor entendidas porque, em geral, são mais enfáticas. Se um texto muito longo e com poucas pausas for necessário – uma citação ou reprodução de um artigo, por exemplo – pense na possibilidade de resumi-lo ou então disponibilizá-lo na íntegra, mas através de um link. Novamente a situação se assemelha ao contexto da sala de aula, na qual o professor apresenta o raciocínio de um determinado autor, mas faz isso com suas próprias palavras. Adote uma linguagem direta para conversar com os estudantes. Conversar por meio de um texto também significa propor perguntas eventuais no final de alguns parágrafos, como “entendeu?” ou “o que acha disso?”. Essas frases interrogativas – retóricas – mantêm a atenção e encorajam o estudante a antecipar respostas a possíveis questionamentos. É certo que o material didático não se pauta pelas mesmas diretrizes de um artigo de natureza científica. Já os cuidados referentes às responsabilidades de sua autoria são equivalentes: o rigor, a preservação dos direitos autorais, a exposição e o respeito a diferentes pontos de vista, a atenção aos exageros e às imposições intelectuais, entre outros aspectos, devem ser buscados sistematicamente. Pesquisa, Desenvolvimento e Capacitação: 1.3. Conteúdos complementares Os conteúdos complementares são informações extras sobre alguma parte do conteúdo principal, como, por exemplo, o significado de uma palavra, de uma sigla, ou mesmo uma curiosidade a respeito do assunto. Você deve ter percebido que já foram muito utilizados neste Guia! E assim devem aparecer em seu material! Esses textos complementares permeiam o hipertexto principal, funcionando como um comentário ou anotação. Vamos exemplificar logo abaixo sua utilização, por meio deles próprios, da forma como aparecerão em seu material. Glossário – é utilizado para explicar o significado de uma palavra ou termo, ou para fazer a tradução de um termo técnico utilizado em outra língua. Para esta mesma função você pode se valer de um link externo, como este. Personalidade – apresenta um autor ou uma personalidade cujo nome foi citado no texto, normalmente uma pessoa importante para a respectiva área do conhecimento. Sempre será apresentado junto a uma ilustração e uma rápida biografia da pessoa citada. A possibilidade de link externo também existe. Conteúdo relacionado – funciona como um link interno: é utilizado para relacionar o conteúdo do respectivo hipertexto com outro momento do mesmo material didático. Pode recordar um conteúdo específico que seja importante para a compreensão atual, assim como pode indicar que esse conteúdo será aprofundado futuramente. Aplicação prática – mostra para o estudante qual a importância e/ou aplicabilidade de um conteúdo/conceito que, num primeiro momento, pode parecer muito abstrato ou sem função para o seu aprendizado acadêmico. Atenção/alerta – é utilizado para chamar a atenção do estudante para a importância do conteúdo. Saiba mais – este tipo de texto normalmente complementa o conteúdo principal por meio de indicação de referências complementares, de links, de curiosidades ou por meio de informações mais aprofundadas. As subcategorias para este conteúdo são: Referência complementar – sugere um livro ou revista que complemente aqueles da Bibliografia básica da disciplina; Links – direcionam a leitura do estudante interessado em aprofundar o assunto para uma página de Internet, interna ou externa ao material da aula. Pode também direcioná-lo para um site de outra área do conhecimento, mas com assunto relacionado àquele em discussão. Por exemplo, em uma discussão sobre solos ou georreferenciamento, o professor pode indicar um site. Aprofundar conteúdo – auxilia o estudante na busca por mais profundidade, citando, por exemplo, palavras-chave em uma busca na Internet, nomes de autores, pesquisadores e instituições da área, etc. Você sabia? – traz curiosidades sobre o tema, informações acessórias ou satisfaz a "parênteses" abertos durante o texto. Pesquisa, Desenvolvimento e Capacitação: 1.4. Recursos Recursos são os materiais (textos, imagens, links, apresentações, hipertextos., entre outros) relacionados a criação de conteúdo dentro do próprio ambiente. Podem ser documentos arquivados no servidor, páginas criadas com o uso do editor de textos ou arquivos de sites. A maneira como esses recursos serão utilizados para a mediação entre professores, estudantes e a informação é que determina o ensino de qualidade. Professores e estudantes, ao utilizar esses recursos em conjunto, realizam buscas e troca de informações, criando um espaço colaborativo de ensino-aprendizagem em que ambos aprendem. Para aprender, interagir com as informações e com os colegas é fundamental. As trocas de informações entre estudantes, debates, discussões diante das informações disponibilizadas pelos recursos, auxiliam a compreensão e a elaboração cognitiva do indivíduo e do grupo. Essas interações e compartilhamento de opiniões possibilitam que esses conhecimentos sejam permanentemente reconstruídos e reelaborados. Alguns recursos são discutidos a seguir. Criar uma página O recurso Página é semelhante ao texto simples, porém possibilita incluir links para qualquer página web, além dos recursos de formatação de texto como formatação de fonte e de parágrafo, uso de imagens, tabelas, etc. Recomendável para textos mais longos, mais elaborados e dinâmicos. Arquivo O link é uma ferramenta que permite vincular páginas da internet ou arquivos já enviados para o servidor do Moodle anteriormente. Os arquivos podem ser: sites, vídeo, música, textos, imagens. Estas produções podem ser próprias ou de domínio público. Essa indicação deve perpassar pela constante verificação da acessibilidade e credibilidade dos sites. Da mesma os arquivos devem apresentar disponibilidade e seu tema ser pertinente. Atentando para esses detalhes evita-se que o estudante se frustre com relação as expectativas e a credibilidade e qualidade do curso. Rótulo Todos esses recursos se constituem potencialidades informativas e devem ser organizados de forma que auxiliem efetivamente o diálogo problematizador. As possibilidades de disposição de imagens, links, animações no decorrer dos recursos são diversas, no entanto, devem ser complementares dando um significado a mais e não se constituírem num limite. É preciso atentar para excessos ou discrepâncias de cor, tamanho e resolução pois podem interferir no objetivo de determinado recurso e, consequentemente, na aprendizagem. Pesquisa, Desenvolvimento e Capacitação: |