Linux é o termo geralmente usado para designar qualquer sistema operacional que utilize o núcleo Linux. Foi desenvolvido pelo finlandês Linus Torvalds, inspirado no sistema Minix. O seu código fonte está disponível sob licença GPL para qualquer pessoa que utilizar, estudar, modificar e distribuir de acordo com os termos da licença. Inicialmente desenvolvido e utilizado por grupos de entusiastas em computadores pessoais, o sistema Linux passou a ter a colaboração de grandes empresas, como a IBM, Sun Microsystems, Hewlett-Packard(HP), Red Hat, Novell, Oracle, Google, Mandriva e a Canonical.
Apoiado por pacotes igualmente estáveis e cada vez mais versáteis de aplicativos para escritório (LibreOffice, por exemplo) ou de uso geral, por programas para micro e pequenas empresas gratuitos (projeto GNU) mas que em nada ficam a dever aos seus concorrentes comercializados, e interfaces gráficas cada vez mais amigáveis como o KDE e o GNOME, o núcleo Linux, conhecido por sua estabilidade e robustez, tem gradualmente entrado no domínio popular, encontrando-se cada vez mais presente nos computadores de uso pessoal atuais. Há muitos, entretanto destaca-se como o sistema operacional preferido em servidores de grandes porte, encontrando-se quase sempre presente nos "mainframes" de grandes empresas comerciais e até mesmo no computador mais rápido do mundo, o K computer, japonês (lista TOP500).
O núcleo Linux foi, originalmente, escrito por Linus Torvalds do Departamento de Ciência da Computação da Universidade de Helsinki, Finlândia, com a ajuda de vários programadores voluntários através da Usenet (uma espécie de sistema de listas de discussão existente desde os primórdios da Internet).
Linus Torvalds começou o desenvolvimento do núcleo como um projeto particular, inspirado pelo seu interesse no Minix, um pequeno sistema UNIX desenvolvido por Andrew S. Tanenbaum. Ele limitou-se a criar, nas suas próprias palavras, "um Minix melhor que o Minix" ("a better Minix than Minix"). E depois de algum tempo trabalhando sozinho no projeto, enviou a seguinte mensagem para comp.os.minix:
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Você suspira pelos bons tempos do Minix-1.1, quando os homens eram homens e escreviam seus próprios "device drivers"? |
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Curiosamente, o nome Linux foi criado por Ari Lemmke, administrador do site ftp.funet.fi que deu esse nome ao diretório FTPonde o núcleo Linux estava inicialmente disponível. (Linus tinha-o batizado como "Freax", inicialmente).
No dia 5 de outubro de 1991 Linus Torvalds anunciou a primeira versão "oficial" do núcleo Linux, versão 0.02. Desde então muitos programadores têm respondido ao seu chamado, e têm ajudado a fazer do Linux o sistema operacional que é hoje. No início era utilizado por programadores ou só por quem tinha conhecimentos, usavam linhas de comando. Hoje isso mudou, existem diversas empresas que criam os ambientes gráficos, as distribuições cada vez mais amigáveis de forma que uma pessoa com poucos conhecimentos consegue usar o Linux. Hoje o Linux é um sistema estável e consegue reconhecer muitos periféricos sem a necessidade de se instalar os drivers de som, vídeo, modem, rede, entre outros.
O termo Linux refere-se ao núcleo (em inglês: "kernel") do sistema operativo. O termo também é usado pelos meios de comunicação e usuários para referir-se aos sistemas operacionais baseados no núcleo Linux agregado a outros programas. Segundo Tanenbaum e Silberschatz, um núcleo pode ser considerado o próprio sistema operativo, quando este é definido como um gerenciador de recursos de hardware.
O Linux é um núcleo monolítico: as funções do núcleo (escalonamento de processos, gerenciamento de memória, operações de entrada/saída, acesso ao sistema de arquivos) são executadas no espaço de núcleo. Uma característica do núcleo Linux é que algumas das funções (drivers de dispositivos, suporte à rede, sistema de arquivos, por exemplo) podem ser compiladas e executadas como módulos(em inglês: LKM - loadable kernel modules), que são bibliotecas compiladas separadamente da parte principal do núcleo e podem ser carregadas e descarregadas após o núcleo estar em execução.
Embora Linus Torvalds não tenha tido como objetivo inicial tornar o Linux um sistema portátil, ele evoluiu nessa direção. Linux é hoje um dos núcleos de sistemas operativos mais portáteis, correndo em sistemas desde oiPaq (um computador portátil) até o IBM S/390 (um denso e altamente custoso mainframe).
Os esforços de Linus foram também dirigidos a um diferente tipo de portabilidade. Portabilidade, de acordo com Linus, era a habilidade de facilmente compilar aplicações de uma variedade de código fonte no seu sistema; consequentemente, o Linux originalmente tornou-se popular em parte devido ao esforço para que os códigos-fonte GPL ou outros favoritos de todos corressem em Linux.
O Linux hoje funciona em dezenas de plataformas, desde mainframes até um relógio de pulso, passando por várias arquitecturas: x86 (Intel, AMD), x86-64 (Intel EM64T, AMD64), ARM, PowerPC, Alpha, SPARCe etc, com grande penetração também em sistemas embarcados, como handhelds, PVR, consola de videojogos, celulares, TV se centros multimídia, entre outros.
Inicialmente, Torvalds lançou o Linux sob uma licença de software que proibia qualquer uso comercial. Isso foi mudado de imediato para a GNU General Public License. Essa licença permite a distribuição e mesmo a venda de versões possivelmente modificadas do Linux mas requer que todas as cópias sejam lançadas dentro da mesma licença e acompanhadas do código fonte.
Apesar de alguns dos programadores que contribuem para o núcleo permitirem que o seu código seja licenciado com GPL versão 2 ou posterior, grande parte do código (incluído as contribuições de Torvalds) menciona apenas a GPL versão 2. Isto faz com que o núcleo como um todo esteja sob a versão 2 exclusivamente, não sendo de prever sua adoção da novaGPLv3.
Sistemas de arquivos suportados
O Linux possui suporte de leitura e escrita a vários sistema de arquivos, de diversos sistemas operacionais, além de alguns sistemas nativos. Por isso, quando o Linux é instalado em dual boot com outros sistemas (Windows, por exemplo) ou mesmo funcionando como Live CD, ele poderá ler e escrever nas partições formatadas em FAT e NTFS. Por isto, Live Cd Linux são muito utilizados na manutenção e recuperação de outros sistemas operacionais.
Entre os sistemas de ficheiros suportados pelo Linux, podemos citar FAT, NTFS, JFS, XFS, HPFS, Minix e ISO 9660 (sistema de ficheiros usado em CD-ROM), este último também com as extensões RRIP(IEEEP1282) e ZISOFS. Alguns sistemas de ficheiros nativos são, dentre outros, Ext2, Ext3, Ext4, ReiserFSe Reiser4. Alguns sistemas de ficheiros com características especiais são SWAP, UnionFS, SquashFS, Tmpfs, Aufse NFS, dentre outros.
Linux foi o nome dado ao núcleo de sistema operacional criado por Linus Torvalds. Por extensão, sistemas operacionais que usam o núcleo Linux são chamados genericamente de Linux. Entretanto, a Free Software Foundation afirma tais sistemas operacionais são, na verdade, sistemas GNU, e o nome mais adequado para tais sistemas é GNU/Linux, uma vez que grande parte do código-fonte dos sistemas operacionais baseados em Linux são ferramentas do projeto GNU.
TUX - Mascote do Linux
O Tux é o mascote oficial do sistema operativo GNU/Linux. O Tux, criado por Larry Ewing em 1996, é um pinguim gorducho que tem um ar satisfeito e saciado. A ideia da mascote do Linux ser um pinguim veio de Linus Torvalds, o criador do núcleo Linux.
É, por vezes, alegado que o nome deriva de Torvalds UniX, um nome sugerido por James Hughes, em vez da explicação que os pinguins aparentam vestir um smoking.
O Tux foi criado para um concurso de logotipos para Linux. O logotipo vencedor foi criado por Larry Ewing usando o GIMP (um pacote de software livre de edição gráfica) e foi lançado por ele sob as seguintes condições:
- A autorização para o uso e/ou modificação desta imagem é concedida desde que me reconheça lewis@isc.tamu.edu e o GIMP, caso alguém pergunte
O símbolo do Linux foi escolhido pelo seu criador (Linus Torvalds), quando num dia estava no zoológico e foi surpreendido pela mordida de um pinguim. Fato curioso e discutido até hoje.
Em 1996, muitos integrantes da lista de discussão "Linux- Kernel" estavam discutindo sobre a criação de um logotipo ou de um mascote que representasse o Linux. Muitas das sugestões eram paródias ao logotipo de um sistema operacional concorrente e muito conhecido (Windows). Outros eram monstros ou animais agressivos. Linus Torvalds acabou entrando nesse debate ao afirmar em uma mensagem que gostava muito de pinguins. Isso foi o suficiente para dar fim à discussão.
Depois disso, várias tentativas foram feitas numa espécie de concurso para que a imagem de um pinguim servisse aos propósitos do Linux, até que alguém sugeriu a figura de um "pinguim sustentando o mundo". Em resposta, Linus Torvalds declarou que achava interessante que esse pinguim tivesse uma imagem simples: um pinguim "gordinho" e com expressão de satisfeito, como se tivesse acabado de comer uma porção de peixes. Torvalds também não achava atraente a ideia de algo agressivo, mas sim a ideia de um pinguim simpático, do tipo em que as crianças perguntam "mamãe, posso ter um desses também?". Ainda, Torvalds também frisou que trabalhando dessa forma, as pessoas poderiam criar várias modificações desse pinguim. Isso realmente acontece. Quando questionado sobre o porquê de pinguins, Linus Torvalds respondeu que não havia uma razão em especial, mas os achava engraçados e até citou que foi bicado por um "pinguim assassino" na Austrália e ficou impressionado como a bicada de um animal aparentemente tão inofensivo podia ser tão dolorosa.
Projeto GNU, em computação, é um projeto iniciado por Richard Stallman em 1984, com o objetivo de criar um sistema operacional totalmente livre, o GNU, que qualquer pessoa teria direito de usar, estudar, modificar e redistribuir o programa e seu código fonte, desde que garantindo para todos os mesmos direitos.
Lista de alguns programas desenvolvidos pelo projeto GNU:
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Bison - gerador de parser desenhado para substituir o yacc.
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Bash - interpretador de comandos.
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BFD - arquivos de bibliotecas.
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Binutils - montador, linker e ferramentas relacionadas.
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Classpath - bibliotecas para Java.
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DotGNU - substituto livre para o Microsoft .NET.
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Emacs - editor de texto extensível e auto-documentado.
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GCC - compilador otimizado para várias linguagens de programação, particularmente linguagem C.
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GDB - depurador de aplicações.
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GIMP - programa de edição de imagens.
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glibc - biblioteca para linguagem C.
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GMP - programa para cálculos arbitrários.
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GNOME - ambiente de gráfico para sistemas do tipo Unix.
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Autotools - Autoconf, Automake e Libtool.
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GNUnet - rede descentralizada de comunicações pessoais, desenhada para resistir à censura.
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GNUstep - implementação de conjunto de bibliotecas OpenStep, assim como ferramentas para programar aplicações gráficas.
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GSL - biblioteca científica para GNU
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Gzip - aplicações e bibliotecas para compressão de dados.
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GNU Hurd - um micronúcleo e um conjunto de servidores que funcionam do mesmo modo que o núcleo Unix.
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Maxima - um sistema para cálculos algébricos.
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Octave – um programa para computador numérico similar a MATLAB.
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GNU MDK - um conjunto de ferramentas para a programação em MIX.
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Texinfo - sistema de documentação.
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LilyPond - editor de partituras musicais.
O projeto GNU também ajuda com o desenvolvimento de outros pacotes, como:
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CVS - Sistema de controle de versões para código fonte.
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DDD - Ferramentas gráficas para detecção e depuração de erros.
Ler mais em : http://pt.wikipedia.org/wiki/GNU